domingo, 7 de novembro de 2010

Curiosidades


Os ruminantes são considerados kosher, enquanto que os camelos, que têm "almofadas" nos pés, em vez de cascos são considerados halal. Os porcos, que não são ruminantes, não são permitidos na alimentação, tanto no judaísmo como no islão.

Estudos recentes utilizando técnicas moleculares sugerem que um grupo de artiodátilos próximo dos Hippopotamidae regressou ao mar, dando origem às baleias. A proximidade entre hipopótamos e cetáceos, assim como a relação entre os diversos subgrupos de Artiodáctilos, mostra que a ordem na verdade é um grupo parafilético, e muitos taxonomistas têm preferido reunir Artiodactyla e Cetacea numa ordem chamada Cetartiodactyla.

Os camelídeos originários da America do Sul (lhama, alpaca, guanaco e vicunha) podem cruzar entre sí e produzir descendentes férteis. Sendo que o cruzamento mais comum é entre o lhama e a alpaca produzindo o alpama.


Divisões

Suídeos. Embora tenham o estômago dividido em seções, os suídeos não são ruminantes. Possuem dentes incisivos inferiores projetados para a frente, caninos bem desenvolvidos e molares guarnecidos de tubérculos (bunodontes). Não possuem chifres.
A subfamília mais importante é a dos suínos, que apareceram na Europa há cerca de 25 milhões de anos. Seu arquétipo, o Palaeochoerus, data provavelmente de fins do oligoceno. O gênero Sus, a que pertencem os porcos atuais, surgiu na Europa no mioceno superior,  espalhando-se pela Ásia durante o plioceno. Outros membros da família do porco são o javali, o porco pigmeu asiático e o porco fluvial africano.

Taiaçuídeos. Os caititus verdadeiros, da família dos taiaçuídeos, diferem dos suídeos principalmente pela forma dos caninos superiores, que se projetam para baixo, e não para fora e para cima, assim como pela presença de uma glândula odorífera complexa (sebácea e sudorípara) no meio do dorso. Os caititus são hoje representados por duas espécies na América tropical: o caititu ou pecari (Tayassu tajacu), que vive em diversos tipos de ambiente, e o queixada, mais comum nas florestas.

Hipopotamídeos. A família dos hipopotamídeos, tipicamente africana e aquática, compõe-se de três gêneros: o Hexaprotodon, já extinto; o Hippopotamus, representado pela mais conhecida espécie dessa família, a do hipopótamo (Hippopotamus amphibius), com até quatro metros de comprimento e 3.500kg de peso, que passa os dias na água, podendo ficar até dez minutos submerso; e o Choeropsis, cujo representante é o hipopótamo pigmeu ou anão africano (Choeropsis liberiensis), animal solitário e menos ligado à água. Nesses dois últimos gêneros os caninos inferiores e os incisivos laterais superiores são enormes.

Tilópodes. Apesar de diferirem dos verdadeiros ruminantes pela estrutura dos pés e da dentição, os tilópodes também são ruminantes e dividem-se em duas famílias: camelídeos, constituída pelos gêneros Camelus e Lama, e xifodontídeos, extinta. Os camelos apareceram na América do Norte durante o eoceno superior, há cerca de quarenta milhões de anos, e apenas no pleistoceno se espalharam pela Ásia e América do Sul. São hoje representados por duas espécies do Velho Mundo, ambas domesticadas: o camelo árabe (Camelus dromedarius), de uma só giba, e o bactriano (C. bactrianus), de duas gibas. Os camelídeos da América do Sul pertencem ao gênero Lama e espalham-se pelos Andes e a Patagônia. Há duas espécies selvagens: a vicunha (L. vicugna) e o guanaco (L. glama guanicoe). A lhama e a alpaca (L. glama glama e L. g. pacos) são as raças domésticas do guanaco.
Os xifodontídeos, a que pertencem os primitivos selenodontes do eoceno médio e oligoceno inferior da Europa, assemelhavam-se muito aos camelídeos, mas não são seus ancestrais.

Ruminantes. Subordem mais difundida, variada e abundante de todos os ungulados, os ruminantes são o grupo de herbívoros existente no mundo inteiro. Apareceu há cerca de trinta milhões de anos. A denominação deriva da ruminação a que o animal submete os alimentos.
O mais primitivo dos ruminantes recentes é o trágulo, da família dos tragulídeos, que surgiu provavelmente no mioceno e ocorre na região indomalaia. Os hipertragulídeos compõem outra família de artiodáctilos extintos, a que pertencem ancestrais dos ruminantes atuais, como o Archaeomeryx, do eoceno superior da Mongólia, e o Leptomeryx, do oligoceno norte-americano.
A família do veado, cervídeos, evoluiu a partir de tragulóides primitivos, durante o oligoceno. O ramo americano dessa família apareceu entre 29 e trinta milhões de anos atrás. A família da girafa, girafídeos, surgiu há cerca de 25 milhões de anos no mioceno da Ásia, de onde se espalhou pela Europa e África. Os gêneros existentes incluem as girafas africanas (Giraffa) e os ocapis (Okapia). Os antilocaprídeos apareceram durante o mioceno da América do Norte. Possuem chifres bifurcados, como os veados. A mais diversificada família de ruminantes é a dos bovídeos. Surgiu durante o mioceno, na Ásia, e espalhou-se pela Europa, África e América.


Características zoológicas

Chamam-se artiodáctilos todos os mamíferos ungulados cujo eixo principal dos membros (mãos e pés) passa entre o terceiro e o quarto dedos, ou seja, suas extremidades apresentam número par de dedos. Cada um desses dedos é bem desenvolvido e de tamanho equivalente, mas o segundo e o quinto são consideravelmente menores ou inteiramente ausentes. Nesse último caso, os ossos metapodiais fundem-se em um "osso canhão" único e as unhas se modificam em cascos.
Quando caminham, os artiodáctilos se apóiam nos dois dedos médios de cada pé; a única exceção é o hipopótamo, cujos quatro dedos tocam o chão. Todos os artiodáctilos recentes, salvo o camelo, possuem cascos. E grande parte deles, especialmente os machos, ostentam pares de protuberâncias frontais, na forma de chifres ou galhadas. Têm focinho comprido e crânio relativamente pequeno. A clavícula não existe. Contam-se sete vértebras no pescoço, de 12 a 16 no tórax, mas o número de vértebras torácicas e lombares nunca excede 19; há ainda as do sacro e da cauda. A distribuição dos dentes é a seguinte: três incisivos, um canino, quatro pré-molares e três molares em cada lado das maxilas inferior e superior, num total de 44 dentes.
O estômago divide-se em três ou quatro seções, geralmente especializadas. As glândulas mamárias localizam-se na região inguinal e, em algumas espécies como a dos suínos, na região abdominal. As glândulas odoríferas distribuem-se por várias partes do corpo, inclusive pelas regiões inguinal, abdominal, dorsal, na frente do olho, testa, pés e cauda. Muitos artiodáctilos possuem olfato desenvolvido e acuidade auditiva, mas têm a visão menos evoluída.
Os artiodáctilos são terrestres. Algumas espécies, como as cabras, podem subir pelas montanhas e escarpas, enquanto outras, como o hipopótamo, preferem viver na água, mas nenhuma é arbórea ou integralmente aquática. Com exceção dos suínos -- onívoros --, todos são herbívoros. A maioria dos gêneros e espécies tem vida gregária, e alguns, particularmente certos antílopes, bisões e caribus, agrupam-se em centenas de milhares de indivíduos.
Todos os gêneros de artiodáctilos existentes ou já extintos pertencem a três subordens: suiformes (famílias dos suídeos, taiaçuídeos e hipopotamídeos); tilópodes (camelídeos); e ruminantes (tragulídeos, cervídeos, girafídeos, antilocaprídeos e bovídeos).

Artiodactilos

A ordem dos artiodáctilos é uma das que reúnem animais de maior importância para o homem, por seu significado tanto na alimentação e vestuário (caso dos bois, carneiros, cabras, porcos), como no transporte em regiões inóspitas (camelos, lhamas). Incluindo também os veados, antílopes e hipopótamos, o grupo tem certamente como maior e mais belo representante a girafa, que chega a ter cinco metros de altura.

domingo, 24 de outubro de 2010

Classificação

Ordem Artiodactyla
  • Subordem Suiformes
    • Família Suidae: porcos
    • Família Tayassuidae: taguá
  • Subordem Tylopoda
    • Família Camelidae: camelos e lhamas
  • Subordem Ancodonta
    • Família Hippopotamidae: hipopótamos
  • Subordem Ruminantia 
    • Infraordem Tragulina
      • Família Tragulidae
    • Infraordem Pecora
      • Família Moschidae 
      • Família Cervidae: veados
      • Família Giraffidae: girafas e okapis
      • Família Antilocapridae
      • Família Bovidae: bovinos, cabras, carneiros e antílopes